Crônicas

Por Renata Porto

''Precioso Tempo.''

''Engraçado como no nosso cotidiano de caos,engarrafamentos e correria não paramos para olhar,admirar ao redor pelo menos por um segundo.
Talvez pela rotina,por não termos tempo,ou por que não queremos ou simplesmente porque estamos conectados a um mundo virtual  através dos tablets,smartphones entre outros aparelhos que o mundo contemporâneo tem a nos oferecer.
E a partir disso não temos mais o tempo precioso e único para o mundo real,ou pelo menos naquele momento não precisamos dele.Um mundo considerado nos dias de hoje, chato e tão desleal.
Por alguns minutos,até mesmo para eu vir a ganhar tempo,já que estava no horário de pico e na espera de uma amiga,utilizei esse olhar,o olhar ao redor e mesmo coisas pequenas e despercebidas me tiraram a atenção.
Em frente a uma área de lazer e de frente a uma piscina de uso público e privado onde muitos praticavam natação,pude observar como é precioso o tempo de ócio.
Tinham algumas pessoas que iguais a mim,também estavam lá olhando para o nada,para o vazio e mesmo com tanto barulho,se pegavam,se distraiam com simples detalhes como a garota que se levantou de uns dos bancos e acenou a colega na piscina apreensiva!
Também reparei nesse espaço de tempo nos estudantes universitários que estavam ali para lerem seus livros com calma e inquietude,em seguida reparo que dois garotos que estavam com o som alto no celular ouvindo funk logo sairam...
Derrepente a surpresa!
Uma criança de seus três a quatro anos me desviou a atenção para ela de forma definitiva,com seu uniforme do colégio e olhar angelical,eu particulamente dificilmente paro para olhar para crianças,mas essa criança me hipnotizou definitivamente.
Começa a cena da criança descobrindo o novo e deslumbrado a percorrer a área da piscina e ao todo momento ameaçava fazer algo relacionado a arte e esperando olhar de reprovação da mãe,olhava a todo instante a ela como se esperasse ela o recriminar e ver até onde ele conseguiria chegar.
Ao primeiro sinal de reemprensão da parte da mãe,perguntou eufórico a mãe o porque não poderia cair na piscina e ao sonoro não,com a mãe dizendo:
-É só adultos !
Deu dois resmungos e logo saiu de lá da grande área da piscina,entendeu que a brincadeira e a curiosidade tinha acabado e ficaria para outro dia.
Encantador essas atitudes das crianças com ânsia pela vida e a descoberta do desconhecido,do vetado.
E derrepente me bateu essa sensação de liberdade,já que não teria motivo para sair dali correndo,com pressa,atrasada ou coisa parecida como é geralmente no cotidiano.
Aprecie mais um pouco o momento!''