Nestlé apresenta pesquisa sobre hábitos de vida e alimentação infantil

07/10/2016 16:04

Nestlé apresenta pesquisa sobre hábitos de vida e alimentação infantil

 

Estudo feito na Grande São Paulo em parceria com o Ibope foi apresentado

durante a 1ª edição do fórum Diálogos de Valor

 

São Paulo, 06 de outubro de 2016 – Estudo inédito realizado pela Nestlé em parceria com o Ibope mostra que 33,5% das crianças pesquisadas, na faixa entre 4 e 12 anos, consomem mais gordura do que a recomendação diária nas refeições. A pesquisa também mostra que 45% das crianças da faixa etária de 10 a 12 anos são sedentárias.  Estes e outros dados fazem parte da pesquisa The Infant and Kids Study (IKS), realizada na região metropolitana de São Paulo, envolvendo 1.000 crianças com idade entre 0 e 12 anos, de todas as classes sociais. Os resultados foram apresentados hoje (06/10) na primeira edição do fórum Diálogos de Valor, iniciativa da Nestlé que tem o intuito de promover o debate, por meio de diálogos que gerem valor para a sociedade acerca de temas relevantes, como Nutrição, Água, Desenvolvimento Rural e Fornecimento Responsável, Sustentabilidade Ambiental, Pessoas, Direitos Humanos e Compliance.

 

“Entendemos que é nossa responsabilidade proporcionar à sociedade a oportunidade de realizar uma profunda reflexão sobre assuntos importantes, como a nutrição, para construirmos juntos um futuro melhor para as próximas gerações. Iniciativas como essa reforçam nosso compromisso em gerar valor para toda a sociedade”, afirma Juan Carlos Marroquín, presidente da Nestlé Brasil. 

 

Para enriquecer o debate em busca de possíveis soluções, o evento realizado pela Nestlé reuniu especialistas e personalidades de diferentes áreas de atuação para comentar os resultados da pesquisa. Entre os convidados, estavam o pediatra e endocrinologista Dr. Raphael Liberatore, a psicóloga Dra. Elizabeth Monteiro, o ex-judoca e atleta brasileiro Flávio Canto e a atriz e mãe Flávia Alessandra.

 

A pesquisa IKS revelou, entre outros achados, que uma em cada duas crianças está acima do peso. Os resultados confirmam a tendência apontada em dados oficiais. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade e o sobrepeso infantil deverão atingir aproximadamente 75 milhões de crianças no mundo inteiro até 2025, caso nada seja feito hoje para reverter este cenário.  Segundo a Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, a incidência de sobrepeso em crianças de 5 a 10 anos é de 40% na Região Sudeste (ABESO, com base na POF 2011).

A obesidade é considerada uma doença crônica de origem multifatorial, cujas causas envolvem aspectos biológicos, sociais e comportamentais, como os hábitos alimentares e a prática regular de atividade física, entre outros. Vários destes aspectos foram abordados na pesquisa IKS, a fim de mostrar um retrato de como a alimentação, o sedentarismo e o estilo de vida podem influenciar o estado nutricional das crianças.

 

“O consumo excessivo de gordura, sódio ou açúcar na dieta diária de crianças e adolescentes pode inferir num aumento de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como o diabetes tipo 2, hipertensão arterial e aumento dos níveis de colesterol ruim (LDL), por exemplo. Para que tenhamos uma mudança no comportamento dessas crianças, no entanto, além da prática de atividade física regular e uma alimentação equilibrada, é preciso envolver outros aspectos mais amplos, que passem pelas frentes econômicas, sociais e políticas”, afirma o pediatra e endocrinologista da USP, Dr. Raphael Liberatore.

 

Sedentarismo

 

Dados da pesquisa IKS apontam a falta de atividade física no cotidiano: mais da metade das crianças entre 1 e 12 anos está sedentária, ou seja, praticam menos de 300 minutos (5 horas) de atividade física por semana. O problema é maior entre meninas, atingindo 56% deste universo. Na faixa etária entre 10 e 12 anos, o sedentarismo atinge 45% das crianças. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a recomendação de tempo de atividade física praticada na infância deve ser em torno de 300 minutos por semana, o que significa pouco mais de 40 minutos todos os dias.

 

O estudo realizado pela Nestlé revelou que 75% das crianças entre 7 e 12 anos passam quatro horas ou mais por dia em frente à televisão ou computador, ou seja, o dobro da permanência recomendada. Quando a amostra é ampliada para o universo de 0 a 12 anos, o resultado é de 54% das crianças com mais de quatro horas em frente à tela por dia - a partir dos 2 anos de idade, de acordo com o estudo - o tempo gasto aumenta significativamente. A hora das refeições também é impactada por este comportamento: cerca de 30% das crianças de 1 a 4 anos comem assistindo televisão, lendo, estudando ou jogando videogame no mínimo 4 vezes por semana. Este número dobra a partir dos 4 anos, chegando a 65% nas crianças de 9 a 12 anos.

 

São esperadas para 2016 novas orientações da Academia Americana de Pediatra (AAP) sobre o tempo de tela (televisão, computador, videogames, celular e tablets) recomendado para crianças e adolescentes. Atualmente, a sugestão é que crianças menores de 2 anos não devam ter nenhum contato com tecnologia.

 

“O comportamento infantil é um reflexo do que as crianças observam em casa com os pais, que dedicam cada vez mais tempo à televisão, celular e computador. Não podemos responsabilizar apenas a tecnologia, mas devemos ter atenção, uma vez que ela pode influenciar no desenvolvimento físico, social e comportamental de crianças e adolescentes”, afirma a psicóloga e pedagoga Elizabeth Monteiro.

 

O levantamento realizado pela Nestlé no IKS mostra que uma em cada três crianças da amostra, na faixa entre 4 e 12 anos, ultrapassa a quantidade diária recomendada de gordura nas refeições. Dentre as crianças que apresentam esse consumo elevado, ingere-se em média 25,5g adicionais de gorduras por dia, o equivalente a três colheres de sopa de óleo.

Ainda segundo a pesquisa, cerca de 84% do consumo de cálcio está abaixo do recomendado entre as crianças de 9 e 12 anos de idade. Além disso, embora 65% das crianças dessa faixa etária bebam leite, o consumo ainda está muito abaixo do recomendado, correspondendo apenas a um copo por dia, sendo que a indicação é de três copos diariamente.

 

O alto consumo de sódio também é um dos destaques da pesquisa. Dados do IKS mostram que 77% do consumo de sódio entre as crianças de 9 e 12 anos está acima da quantidade diária recomendada. Na faixa entre 4 e 9 anos, esse percentual é de 71%. Outra observação importante levantada pelo IKS é a de que as crianças de 0 a 12 anos consomem vitaminas A, C, D e E abaixo da recomendação diária.

 

Hábitos alimentares saudáveis e a prática de atividades físicas

 

O ex-atleta e medalhista olímpico de judô Flavio Canto acredita que o esporte e a prática de atividades físicas são um importante ativo para a promoção da saúde e da auto-estima de crianças. À frente do Instituto Reação, organização sem fins lucrativos que idealizou há 13 anos como instrumento educacional e de transformação social, já beneficiou mais de 1.200 crianças ao longo da última década.

 

“Há muita dispersão hoje em dia e isso pode dificultar a prática de atividade física. As novas tecnologias são um avanço extraordinário, mas em excesso na vida das crianças gera consequências por toda a vida. O sedentarismo precisa ser combatido desde a infância e temos o desafio de reaprender a encantar e inspirar a juventude a se habituar a correr, jogar, nadar, lutar e brincar, em movimento. Nessa missão, os valores e heróis olímpicos são sempre bem-vindos”, afirma o ex-atleta.

 

A atriz Flávia Alessandra, mãe da Olivia, de 6 anos, e da Giulia, de 16,  procura utilizar a tecnologia a favor da educação dos filhos e de forma equilibrada. “Somos exemplo para nossos filhos. Sou muito ligada à tecnologia, uso muito o celular, por exemplo, mas procuro educar e orientar as minhas filhas. Lá em casa está proibido ver televisão ou usar o celular na hora das refeições. Não dá pra deixar que a tecnologia interfira na convivência e no diálogo familiar”, afirma a atriz.

O papel da indústria

 

Como maior empresa de Nutrição, Saúde e Bem-Estar do mundo, a Nestlé está comprometida em desenvolver produtos que possam fazer parte de uma alimentação equilibrada, aprimorando constantemente todo o seu portfólio. Por isso, assumiu publicamente compromissos voltados à reformulação de produtos, reforçando atributos positivos e reduzindo níveis de gorduras, sódio e açúcar, além de investir em iniciativas para o estímulo a hábitos de vida mais saudáveis entre crianças e adultos, conforme divulgado em seu relatório Nestlé na Sociedade 2015.

 

Em 2015, a Nestlé foi responsável por oferecer mais 18,3 bilhões de porções fortificadas em seus produtos, com nutrientes como ferro, zinco e vitaminas. Além disso, 160 produtos tiveram algum tipo de melhoria nutricional ou redução dos níveis de gordura, sódio e açúcar. No segmento infantil, ao final de 2015, 99% do portfólio para crianças já atendia aos critérios nutricionais definidos. A meta global para 2016 é alcançar uma redução de 10% de gordura, 10% de sódio e 10% de açúcar, além de 200 bilhões de porções fortificadas por ano globalmente.

 

A Nestlé entende que seu papel como indústria pode ir além de sua atuação comercial. Por isso, desenvolve uma série de iniciativas para estimular hábitos de vida mais saudáveis entre crianças e adultos, com base no conceito de Criação de Valor Compartilhado (CSV), fundamentada na premissa de que, para o sucesso dos negócios no longo prazo, tão importante quanto gerar valor para os acionistas é gerar valor para toda a sociedade.

 

No Brasil, uma das frentes de atuação é o Programa Nestlé Nutrir Crianças Saudáveis, que buscar promover hábitos mais saudáveis para crianças em idade escolar, por meio da capacitação de professores, educadores físicos, cozinheiras e nutricionistas. Criado há 17 anos, o programa já capacitou 22 mil educadores e impactou 3 milhões de crianças em mais 8 mil escolas públicas de todo o Brasil.

 

O programa Unidos por Crianças Mais Saudáveis é outro exemplo. Criado pela Nestlé com o objetivo de ajudar pais e responsáveis a incorporar hábitos de vida mais saudáveis na rotina das crianças de 5 a 12 anos, por meio de uma alimentação saudável e equilibrada, aliada à prática de atividade física, o programa utiliza de forma educativa o game Legião dos Super Poderes, no qual cada criança participante, das escolas parceiras do projeto, tem sua própria “jornada de desenvolvimento dos superpoderes”, estimulando o aprendizado por meio de desafios e missões saudáveis a serem vencidos também na vida real. O projeto, que teve início em São José do Rio Pardo e foi ampliado este ano para a cidade de São Paulo, já beneficiou mais de 6,5 mil crianças com o incentivo ao consumo de frutas, legumes, leguminosas, verduras e água, além da prática regular de atividade física em seus hábitos de vida.

 

Por acreditar na importância do esporte para a formação de crianças e adolescentes, a Nestlé também lançou em 2016, por meio de sua marca Nescau, o projeto Jogadeira, com o objetivo de incentivar a ocupação de espaços públicos, contribuindo para a inclusão de mais atividades físicas e diversão na rotina das crianças, de diferentes classes sociais. Atualmente, são seis pontos espalhados pela cidade de São Paulo, oferecendo atividades esportivas e brincadeiras gratuitas a crianças de 6 a 12 anos, todos os domingos, incluindo slackline, basquete, vôlei e futebol, além de atrações especiais em datas específicas. Novas atividades devem ser anunciadas em breve, ampliando as opções oferecidas atualmente para as famílias.

 

Sobre a Nestlé  – É a maior empresa mundial de nutrição, saúde e bem-estar, com operações industriais em 83 países e marcas mundialmente consagradas. No Brasil, instalou a primeira fábrica em 1921, na cidade paulista de Araras, para a produção do leite condensado Milkmaid, que mais tarde seria conhecido como Leite Moça por milhões de consumidores. A atuação da Nestlé Brasil abrange segmentos de mercado achocolatados, biscoitos, cafés, cereais, cereais matinais, águas, chocolates, culinários, lácteos, refrigerados, sorvetes, nutrição infantil (fórmulas infantis, cereais infantis e papinhas prontas para o consumo), nutrição clínica, produtos à base de soja, alimentos para animais de estimação e serviços para empresas e profissionais da área de alimentação fora do lar. Atualmente, a rede de distribuição dos produtos cobre mais de 1.600 municípios dos mais diversos tamanhos. A Nestlé Brasil e suas empresas coligadas estão presentes em 99% dos lares brasileiros, segundo pesquisa realizada pela Kantar Worldpanel. A empresa tem 31 unidades industriais, localizadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. Emprega mais de 21 mil colaboradores diretos e gera outros 220 mil empregos indiretos, que colaboram na fabricação, comercialização e distribuição de mais de 1.000 itens.